Foto: Folha PE
Foram firmados um acordo de complementação econômica e dois documentos de compromissos democrĂĄticos. Integrado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, estĂĄ é a primeira cĂșpula com a participação da BolĂvia como estado parte, que ingressou no bloco em julho deste ano.
O acordo de complementação econômica com o PanamĂĄ foi costurado com a coordenação do Brasil. Na Ășltima cĂșpula, no Paraguai, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva e José Mulino, presidente do PanamĂĄ, discutiram o ingresso do paĂs centro-americano no bloco.
"Dou as boas-vindas ao presidente José RaĂșl Mulino, do PanamĂĄ, que passa a ser o primeiro estado associado do Mercosul na América Central", afirmou Lula, durante a cĂșpula do bloco nesta sexta-feira.
Acrescentou que "hoje também lançamos as bases para a futura liberalização comercial com o PanamĂĄ, por onde passam 6% do comércio mundial."
O presidente panamenho José RaĂșl Mulino, ao discursar na cĂșpula, enfatizou que a intenção dele é fortalecer os laços com o Mercosul. "O PanamĂĄ é uma oportunidade para suas exportações. Este bloco é um gigante global em produtos agrĂcolas e industriais. Temos experiĂȘncia em logĂstica e no aumento da competitividade do comércio global. Somos complementares e devemos nos fortalecer", destacou.
De janeiro a junho de 2024, as exportações brasileiras para o PanamĂĄ somaram US$ 440,9 milhões, ao passo que as importações brasileiras de produtos panamenhos totalizaram US$ 7,8 milhões. A balança bilateral registrou superĂĄvit para o Brasil de US$ 433,1 milhões.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um processo de integração regional conformado por estados partes, que tĂȘm direito a voto, e os chamados estados associados, que participam de atividades e reuniões do bloco e contam com preferĂȘncias comerciais com os estados partes. Os estados associados ao Mercosul atualmente são Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e, agora, o PanamĂĄ.
Também nesta cĂșpula, em Montevideu, os chefes de estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os paĂses que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam hĂĄ 25 anos.
*Matéria alterada às 12h32 para acréscimo de informações.
Fonte: AgĂȘncia Brasil