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Moraes autoriza transferĂȘncia de dois 'kids pretos' envolvidos em trama golpista para prisão militar em BrasĂ­lia

Rodrigo Bezerra e Mário Fernandes estavam detidos no 1Âș Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, e serão transferidos para o Comando Militar do Planalto.

Por Redação em 02/12/2024 às 14:19:54
Foto: G1 - Globo

Foto: G1 - Globo

Rodrigo Bezerra e Mário Fernandes estavam detidos no 1Âș Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, e serão transferidos para o Comando Militar do Planalto. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (2/12) a transferência para Brasília do general de brigada Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra, acusados de planejar um golpe de Estado.

Os militares foram presos preventivamente em 19 de novembro, e estavam detidos no 1Âș Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Conforme decisão desta segunda, eles serão transferidos para o Comando Militar do Planalto, na capital federal.

Na decisão, Moraes também autorizou que os presos recebam visitas das respectivas esposas e dos filhos. Outras solicitações de visita devem ser autorizadas previamente pelo ministro, relator do caso.

Quatro dos 5 presos eram de grupo militar conhecido como "Kids Pretos"

Fernandes e Bezerra foram detidos na operação contragolpe, da Polícia Federal, ao lado de outros militares e um policial acusados de tramar, em 2022, a prisão e o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral à época.

De acordo com a PF, as investigações apontam que a organização criminosa usou de elevado conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022.

O objetivo seria impedir a posse do governo eleito democraticamente nas Eleições de 2022 e restringir o exercício do Poder Judiciário, conforme mostrou a apuração.

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Golpe de Estado

Segundo a Polícia Federal, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Em novembro, cinco pessoas foram presas com autorização do Supremo Tribunal Federal:

quatro militares do Exército ligados às Forças Especiais da corporação, os chamados "kids pretos": o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.

um policial federal: Wladimir Matos Soares.

Segundo as investigações, Mario Fernandes é um dos responsáveis por criar os arquivos onde foram armazenadas as informações do grupo, com os planejamentos do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, e de instituir de um gabinete de crise a ser montado após a execução do plano.

A PF destaca que ele participou dos acampamentos golpistas em dezembro, quando "ainda ocupava o cargo de Chefe Substituto da Secretaria Geral da Presidência da República, possuindo estreita proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro".

Fonte: G1

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