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PF prende policial e quatro 'kids pretos' em ação sobre tentativa de golpe e plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

Por Redação em 19/11/2024 às 08:27:37
Um dos presos trabalhou na PresidĂȘncia da RepĂșblica até 2022. Mandados foram autorizados por Moraes no inquérito sobre o golpe, que deve ser concluĂ­do nas próximas semanas. PF prende grupo suspeito de planejar golpe de Estado

A PolĂ­cia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder JudiciĂĄrio.

Segundo a PolĂ­cia Federal, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar os jĂĄ eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

"Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado", diz a PF.

Investigadores confirmaram à TV Globo que o ministro citado pela polĂ­cia como alvo dos planos era Alexandre de Moraes.

O blog apurou que cinco pessoas foram presas com autorização do Supremo Tribunal Federal:

quatro militares do Exército ligados às forças especiais, os chamados "kids pretos": o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.

um policial federal: Wladimir Matos Soares.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes

Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

A GloboNews apurou que os militares foram presos no Rio de Janeiro, onde participavam da missão de segurança da reunião de lĂ­deres do G20.

As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e jĂĄ tinham sido cumpridas até as 6h50 desta terça.

Ainda segundo apurou o blog, um dos presos foi secretĂĄrio-executivo da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia da RepĂșblica em 2022. Atualmente, é assessor do deputado e ex-ministro da SaĂșde Eduardo Pazuello.

A operação, intitulada "Contragolpe", foi autorizada no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e a sequĂȘncia de atos antidemocrĂĄticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, e que culminaram nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.

HĂĄ uma expectativa de que esse inquérito seja finalizado ainda este ano.

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A PF chegou aos alvos desta terça ao analisar dados desses militares jĂĄ investigados no inquérito.

Parte dos indĂ­cios veio, por exemplo, de material que jĂĄ tinha sido deletado de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e foi restaurado pelos investigadores. Cid deve depor novamente à PolĂ­cia Federal nesta terça.

Outra parte, ainda maior, veio dos aparelhos celulares de outros militares.

Em fevereiro, uma operação também relacionada ao mesmo inquérito prendeu militares do Exército e um ex-assessor da PresidĂȘncia e fez buscas contra uma série de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: G1

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