A descoberta dos corpos dos seis reféns, capturados pelo movimento terrorista palestino em 7 de outubro em Israel, desencadeou uma onda de manifestações no país. O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, mostrou na TV as condições nas quais os reféns foram encontrados no túnel. O espaço, informou, tem 80 cm de largura por 120 metros de comprimento e está localizado a 20 metros da superfície em Khan Yunis, no sul de Gaza. Após ser gravado a descer com uma corda pelo túnel de um poço de acesso, Hagari apareceu em frente à câmera agachado no corredor subterrâneo que, segundo afirmou, era “demasiado baixo para ficar de pé” e estava “muito húmido”. “Foram heróis que sobreviveram a condições terríveis de detenção [até serem] assassinados”, afirmou.
No túnel, a câmera do Exército mostrou colchões espalhados, garrafas e cubas para as necessidades dos reféns. Na gravação, Hagari mostra um jogo de xadrez, um carregador de uma metralhadora automática, um carregador elétrico “utilizado pelos terroristas”, um exemplar do Corão e cartuchos de bala, “que podem ter sido utilizados” para matar os reféns. “Aqui veem-se restos de sangue”, acrescenta, enquanto aponta para uma poça escura no suposto local onde os reféns “viveram os seus últimos momentos”. O Exército “perseguirá os terroristas que atiraram nos seis reféns: Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Ori Danino e Almog Sarusi”, ressaltou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que os reféns encontrados no túnel tinham sido executados com um tiro “na nuca”. A guerra entre Israel e Hamas teve início após o ataque de 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, a maioria civis. Os milicianos também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 permanecem em cativeiro em Gaza, inclusive 33 que os militares israelitas declararam como mortas. Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 41.020 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestiniano, governado pelo grupo islamista.
*Com informações da AFP
Publicado por Marcelo Bamonte
Fonte: JP