Em discurso emocionado na Avenida Paulista neste 7 de Setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relembrou a facada que sofreu em 2018 e afirmou novamente que sua primeira eleição foi resultado de uma "falha no sistema" eleitoral. Bolsonaro ainda acusou Moraes de conduzir as eleições de 2022 de maneira "parcial" e de "escolher seus alvos" em inquéritos. "Espero que o Senado Federal bote um freio no Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva", discursou o ex-presidente, que criticou a condenação que levou à sua inelegibilidade.
"Eles, para evitar que eu tivesse chance de voltar, decretaram a minha inelegibilidade. Uma das razões foi porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como o Lula fez. Esses inquéritos, que dali derivam outros, em cima de ditas petições, deram amplos poderes a Alexandre de Moraes, que escolheu seus alvos, incluindo meu filho Eduardo Bolsonaro. Isso foi ratificado nos áudios vazados na operação conhecida como Lava Toga", discursou Bolsonaro durante um ato na Avenida Paulista neste sábado (7), organizada pelo pastor Silas Malafaia.
O ex-presidente chamou os atos do 8 de Janeiro de "armação" e pediu a anistia aos presos. "Quis Deus que eu me ausentasse do país no dia 30 de janeiro. Algo ia acontecer. Eu tinha esse pressentimento, mas não sabia que seria aquilo", afirmou Bolsonaro, que continuou. "Aquilo jamais foi um golpe de Estado e estamos vendo pessoas ainda serem julgadas e condenadas como integrantes de um grupo armado que visava mudar o nosso estado democrático de direito. E eu lamento por essas pessoas presas."
Além do ex-presidente e do próprio Malafaia, diversos outros bolsonaristas marcaram presença no ato, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), os senadores Marcos Pontes (PL), Magno Malta (PL-ES), Cleitinho (Republicanos-MG), Eduardo Gomes (PL-TO), Marcos Rogério (PL-RO), e os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), também participou do ato. Eduardo Bolsonaro abriu os discursos pedindo o fim das prisões de aliados por atos antidemocráticos, a anistia para os presos pelos atos de 8 de Janeiro e o encerramento dos inquéritos das fake news. Já a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) chamou Pacheco de "covarde" e criticou as "prisões políticas". Já o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se restringiu a pedir anistia aos presos no 8 de Janeiro.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: JP