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Sem consenso na Celac, Brasil e parte dos países da cúpula deploram mortes de civis israelenses e palestinos

Declaração assinada por 24 dos 33 países da Celac também pede um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns israelenses sob poder do Hamas.

Por Redação em 02/03/2024 às 19:42:39
Foto: Reprodução internet

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Declaração assinada por 24 dos 33 países da Celac também pede um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns israelenses sob poder do Hamas. Os países que participaram da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) nesta semana não chegaram a um consenso para uma declaração conjunta sobre a guerra na Faixa de Gaza. Com isso, parte dos países da cúpula, incluindo o Brasil, assinou uma declaração à parte, na qual deploram as mortes de civis israelenses e palestinos.

"Deploramos o assassinato de civis israelenses e palestinos, incluindo os cerca de 30.000 palestinos mortos desde o início da incursão de Israel em Gaza, e manifestamos profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestina", afirma o documento.

A declaração sobre Gaza é assinada por 24, dos 33 países que compõem a Celac (veja mais abaixo quais foram). A cúpula ocorreu em São Vicente e Granadinas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva representou o Brasil.

Lula pede fim do que chamou de 'genocídio em Gaza' durante discurso na Celac

O conflito de Israel contra o grupo terrorista Hamas, que tem bases na Faixa de Gaza, foi um dos principais temas da cúpula. O debate ganhou intensidade após terem rodado o mundo imagens de civis palestinos sendo mortos enquanto se aglomeravam para pegar itens de ajuda humanitária distribuídos em Gaza. O Hamas diz que eles foram alvejados por soldados israelenses. O governo de Israel alega que tumulto e pisoteamento causaram as mortes.

"Tomamos nota dos casos em curso perante a Corte Internacional de Justiça para determinar se a ocupação continuada do Estado da Palestina pelo Estado de Israel constitui uma violação do direito internacional e se o ataque de Israel a Gaza constituiria genocídio", continua a declaração conjunta.

Os 24 países também fizeram um apelo pela "libertação imediata e incondicional de todos os reféns".

Cessar-fogo

Na nota, os países dizem endossar "fortemente" a exigência da Assembleia Geral das Nações Unidas de um cessar-fogo humanitário "imediato" em Gaza.

A resolução foi aprovada em dezembro do ano passado e contou com apoio de mais de 150 países entre os 193 que integram a ONU. Esse tipo de resolução, porém, não tem caráter vinculativo, mas têm peso político, expressando o entendimento da comunidade internacional sobre determinado tema.

Sob a presidência do Japão, o conselho de segurança da ONU convocou para esta segunda (4) uma reunião para discutir a situação no Oriente Médio.

O Brasil não integra mais o grupo, mas o presidente Lula tem defendido que a ONU adote alguma medida que garanta de forma definitiva o cessar-fogo e a segurança de corredor humanitário na região lá

Os 24 países que assinaram a declaração foram:

Antígua e Barbuda

Bahamas

Barbados

Belize

Bolívia

Brasil

Colômbia

Cuba

Chile

Dominica

República Dominicana

Granada

Guiana

Haiti

Honduras

Jamaica

México

Nicarágua

São Cristóvão e Nevis

Santa Lúcia

São Vicente e Granadinas

Suriname

Trinidad e Tobago

Venezuela

Posição do Brasil

Nesta sexta, o governo brasileiro divulgou nota na qual disse, por exemplo, que a situação em Gaza é "desesperadora" e "intolerável" , acrescentando que a ação militar israelense na região, comandada pelo governo de Benjamin Netanyahu, não tem "qualquer limite ético ou legal".

Na mesma linha, a nota deste sábado faz crítica direta ao governo Netanyahu, afirmando que há "intransigência" nas declarações do governo de Israel, o que tem causado "agravamento" da situação.

Fonte: G1

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