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AGU vai investigar se 'redes de desinformação' atuaram para espalhar fake news sobre crianças na Ilha do Marajó

Por Redação em 24/02/2024 às 14:54:30
Foto: Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

Artistas e influencers divulgaram material sobre suposto aumento da violĂȘncia na ilha; governo diz que dados são falsos. VĂ­deo incluĂ­a até imagens feitas fora do Brasil. O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou neste sĂĄbado (24) em uma rede social que o órgão vai investigar se "redes de desinformação" atuaram para espalhar informações falsas sobre a situação de crianças na Ilha do Marajó, no ParĂĄ.

A investigação, segundo Messias, serĂĄ coordenada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia.

"Determinei à PNDD que atue imediatamente na identificação de redes de desinformação, que criam desordem informacional sobre a Ilha de Marajó. Os marajoaras merecem respeito e um tratamento digno de todo o Poder PĂșblico", escreveu Messias.

"O Governo Federal estĂĄ empenhado em apurar denĂșncias sérias para desarticular redes de trĂĄfico humano e exploração sexual e infantil em todo o território nacional. Protejamos as nossas crianças sem a propulsão de notĂ­cias falsas!", prosseguiu.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também comentou o tema na rede social X (antigo Twitter).

"É isso, ministro Jorge Messias. Não vamos permitir a difamação de uma região por oportunistas que se valem de um grave problema nacional como o da proteção de crianças e adolescentes para alavancar interesses polĂ­ticos ou financeiros", escreveu.

Ao longo da Ășltima semana, influencers e artistas divulgaram imagens e informações que citavam um suposto aumento da violĂȘncia e da exploração infantil na Ilha do Marajó. Esse material, segundo o governo, é falso – havia inclusive vĂ­deos gravados em outros paĂ­ses e divulgados como se fossem no Brasil.

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Na sexta, o Ministério dos Direitos Humanos jĂĄ tinha emitido uma nota dizendo serem falsas as informações sobre um suposto cancelamento de "ações, polĂ­ticas e projetos voltados ao Marajó".

"Em maio de 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania criou o Programa Cidadania Marajó, um novo marco em polĂ­ticas pĂșblicas para a região. O antigo programa, intitulado 'Abrace o Marajó', alvo de crĂ­ticas e denĂșncias, esse, sim, foi revogado", informou a pasta.

"É preciso inverter lógica assistencialista e modos de vida da população do Marajó. PossuĂ­mos o compromisso de não associar imagens de vulnerabilidade socioeconômica ou do próprio modo de vida das populações do Marajó, em especial, crianças e adolescentes, ao contexto de exploração sexual", prosseguiu o governo.

"Essa retórica, que visava apenas à estigmatização do povo marajoara, foi justamente o motivo que fez com que o programa anterior fosse descontinuado, sem nenhuma entrega ou ação concreta", diz ainda o comunicado.

Fonte: G1

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